tu és tão abençoado

 

” Quanto mais louvares e celebrares a tua vida, mais há na vida para celebrar.” – Oprah Winfrey

Quando eu comecei a minha própria jornada de transformação, um dos primeiros exercícios que o Robin Sharma me desafiou a fazer era escrever no meu diário, todas as noites, pelo menos 10 coisas pelas quais me sentia grata.
Na altura achei isto tão difícil! Eu achava que a minha vida era um desastre, tudo à minha volta era escuro e assustador, eu sentia-me infeliz e só.
Mas se há uma coisa a que eu respondo muito bem é a um desafio. Pica-me, eu tenho que aceitá-lo.

E assim, a cada dia, forcei-me a encontrar pelo menos uma pequena coisinha pela qual eu estava grata, e depois outra, e outra até ter as 10 do dia.
Logo me apercebi que estava a começar a valorizar coisas em que eu nunca tinha reparado antes. Eu estava grata pela fantástica vista da minha janela, pelo sol a brilhar, por alguém que passou por mim na rua com um ar feliz, pelo riso de uma criança por perto, alguma asneirada que o meu irmão disse ao almoço e que me fez sorrir … Comecei a valorizar ter os meus Pais ainda vivos quando muitos dos meus amigos já não, uma nova flor ou uns morangos saborosos a crescerem no meu jardim.

Antes que eu me desse conta, o esforço inicial para encontrar coisas boas na minha vida já não era tão grande. Rapidamente e sem esforço, sempre que eu via alguma coisa má, logo uma boa aparecia na minha mente, aliviando o efeito.
E quando comecei a prestar atenção às pequenas coisas boas que aconteciam durante o meu dia, de repente, cada vez mais coisas boas começaram a aparecer (ou talvez eles já lá estivessem … e eu é que não as via).

Hoje posso dizer que o meu copo está quase todo cheio e eu mal reparo no restinho que falta para encher. Sinto-me tão abençoada!

Queres tentar fazer isto durante uma semana e dizeres-me como te sentes?
Melhor ainda, desafio-te a fazê-lo por 21 dias (ouvi dizer que qualquer coisa que faças durante 21 dias consecutivos torna-se um hábito) e atreve-te a dizer-me que a tua vida não mudou para melhor!

luz ao fundo do túnel

 

A esperança começa às escuras, a esperança teimosa que se simplesmente apareceres e tentares fazer a coisa certa, a aurora virá. Tu esperas, observas, trabalhas; não desistes.” – Anne Lamott

Hoje tive um daqueles momentos feios, quando tudo à minha volta parecia escuro e assustador. Arrebatada pelo momento senti-me tonta, como se me faltasse o chão debaixo dos pés. E não conseguia perceber o porquê! Pois se mesmo no minuto antes eu estava-me a sentir no topo do mundo! Como é que me poderia ir tão abaixo, assim tão de repente?

E então percebi … se eu continuar a virar a minha cabeça como uma louca, olhando em todas as direções, se eu deixar as lágrimas nublarem os meus olhos, não admira que eu perca o meu equilíbrio e que não consiga ver além da escuridão.

Então, parei por um momento, aproveitei para respirar fundo, centrei-me no meu interior, procurei o propósito da minha alma. E disse a mim mesma: é apenas um pensamento. Estás a reagir a um mero pensamento. E o que desencadeou esse pensamento não é sobre ti. O que é realmente a tua missão? O que é que tu realmente queres? Se isto não te está a ajudar, o que ajudará?

E ali, na quietude do meu ser interior, o que parecia ser uma chama de vela iluminou-se. Lentamente, comecei a ver o meu caminho para cima, para fora do túnel escuro em que me deixei cair. Eu sabia que estava segura. E eu sabia onde estava a ir. Eu tinha acabado de me deparar com mais uma pedra no meu caminho e, em vez de deixá-la ser uma barreira, decidi aqui e agora, torná-la num trampolim e permitir que ele me levasse ainda mais alto.

Toda a noite é seguida por uma manhã, desde que tu nunca, nunca desistas.

podes fazer a diferença

 

“ Nem sempre saberemos as vidas que influenciámos e tornámos melhores só porque nos importámos, porque as nossas acções podem às vezes ter ramificações inesperadas. O que é importante é que te importes e que ajas.” – Charlotte Lunsford

Eu vivi em Moçambique durante 6 anos. É um dos países mais pobres do mundo. Nos primeiros 2 meses da minha estadia, mal conseguia dormir, devastada com a miséria que via à minha volta, queria ajudar toda a gente, levar todas as crianças para casa, dar de comida a todos os sem abrigo que encontrava pelas ruas, comprar todas as porcarias inúteis de artesanato que me impingiam no mercado. Sentia-me completamente impotente.

Eu trabalhava a tempo inteiro, mas muitas das minhas amigas não, tinham ido para Moçambique a acompanhar os maridos nas suas carreiras e não tinham quase nada para fazer – até as crianças tinham as suas respectivas bábás. Uma vez perguntei a uma delas porque é que não se envolvia numa instituição para ajudar pelo menos as crianças. Havia tantos orfanatos com tantas necessidades e ela tinha tanto o tempo como os recursos para o fazer. Ela respondeu-me que não havia solução – nada do que ela pudesse fazer seria alguma vez suficiente. Então, optou por não fazer nada!

Isto não era uma opção para mim. Tinha que haver algo que eu pudesse fazer, para além das contribuições financeiras. Então, decidi começar em casa, com os meus empregados. Com a casa que arrendei, “herdei” uma cozinheira, uma empregada de quartos e um jardineiro. A empresa providenciava um serviço de guardas 24h e dois motoristas. Com o tempo, acabei por ficar com mais dois empregados que trabalhavam em casa de amigos meus que, quando estes regressaram a Portugal, ficaram sem trabalho.

Eu sei, parece ridículo ter tanto pessoal, especialmente porque éramos apenas duas pessoas em casa… Mas a verdade é que, os 7 empregados que estávamos a pagar, custavam-nos para aí o que 1,5 nos custaria no nosso país e na realidade estávamos a sustentar 7 famílias. Eu não quis saber o que é que poderia parecer, ou o que pudessem pensar as pessoas.

Para alguns deles, as únicas verdadeiras refeições que tinham todo o dia eram as que tinham em nossa casa. Alguns deles tinham ainda que alimentar 4 ou 5 crianças mais os pais ou os sogros. A pouco e pouco conseguimos ir garantindo que todos eles tivessem uma casa de cimento e não uma palhota, com casa de banho, canalizações e electricidade. Para eles era um luxo! E todas as crianças passaram a ir à escola e todos tinham a sua roupa e sapatos.

Provavelmente não foi muito… não  mudei o mundo… mas senti que tinha feito alguma coisa e, ao menos para aquelas famílias, fizemos a diferença.

Onde podes tu fazer a diferença?

atreve-te a sonhar!

 

“O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos” – Eleanor Roosevelt.

Eu sempre acreditei que quanto mais alto sonhar, mais longe irei chegar, desde que esteja disposta a fazer alguma coisa nesse sentido.

Nunca se é demasiado novo ou demasiado velho para sonhar. Tu sabes tudo o que precisas de saber, tens tudo o que precisas de ter. Não é preciso tempo, nem dinheiro, nem competências. Nem sequer depende do clima, ou da tua disposição, da tua saúde ou do que os outros possam pensar.

Podes sonhar enquanto dormes ou podes simplesmente deixar-te sonhar acordado.

O teu sonho pode ser uma esperança sussurrada no teu ouvido perante um maravilhoso pôr-do-sol. E pode ser uma ideia que te vem à cabeça ao despontar do dia, inspirada em incríveis façanhas conseguidas por mais alguém. Qualquer deles tende a acompanhar os teus pensamentos dia e noite.

O teu sonho é TEU para sonhares!

Não deixes que nada nem ninguém se intrometa no teu sonho. E nunca desistas do teu sonho. Mantém-no sempre debaixo de olho! Torna-o parte do teu mapa de vida. Certifica-te que, todos os dias, dás um passinho que seja na direcção do teu sonho. O que quer que faças com a tua vida, continua a sonhar…

… porque os sonhos podem tornar-se realidade!

escolhe UMA coisa

 

Muitas vezes vejo pessoas quase a afogarem-se em tantas tarefas que dizem que precisam de terminar, acções que acreditam que têm de realizar, incapazes de esticar o tempo, divididas entre prioridades, tentando descobrir o que é mais urgente. E vão andando de um lado para o outro, sem terminar coisa nenhuma. O resultado é, inequivocamente, frustração! E stress! E cansaço! Como poderia não ser?

Byron Katie disse uma vez: “Quando fazemos A coisa que está à nossa frente, tudo o que estamos a fazer, tudo o que precisa de ser feito, é sempre feito. Além disso, quando estamos a fazer A coisa à nossa frente, exactamente aquilo que sabemos fazer nesse momento, tornamo-nos UM em espírito, a mente não está em guerra, dividida, em concorrência com o próprio ser, e é aí que reside o amor. Quando acabamos de fazer A coisa à nossa frente, mesmo que isso seja o simples acto de andar, fechar a porta do carro, apanhar as meias, estamos sempre a criar um mundo melhor e a vida é assim amada sem esforço. Nenhuma decisão, nenhum medo. É assim que funciona. Quando as pessoas dizem “eu quero”, e eu vejo-as a viver de forma diferente do que é preciso para conseguirem o que querem, vejo claramente que elas não querem isso de verdade, e que a sua mente está dividida, e quando acreditam que querem, elas estão a acreditar em pensamentos opostos aos que estão a pôr em acção. E inevitavelmente vais sofrer quando a tua mente quer duas coisas opostas ao mesmo tempo”.

Então, basta escolheres UMA coisa. Uma coisa que saibas que é importante para o que queres. Apenas UMA única. E concentrares toda a tua atenção para fazer essa UMA coisa. Mantém-te totalmente presente. Esquece as outras coisas que precisas de fazer. Esquece as outras coisas que também devias estar a fazer. Não a largues até que tenhas terminado. Tu só tens UMA única coisa a fazer no mundo. Coloca todo o teu coração e alma nisso.

E quando estiveres pronto, sentirás o poder da criação em ti!

Este pode ser o sistema de gestão de tempo mais simples do mundo, mas garanto-vos que é o mais eficaz também.

Qual é a próxima única coisa da tua lista para hoje?

quem poderias ser sem a tua história?

 

Todos nascemos puros, simples, livres de preocupações, simplesmente felizes!

À nossa volta, adultos bem-intencionados, fizeram o melhor que podiam para nos ajudar a crescer e a ajustar, para nos proteger do mal que nós nem tínhamos ideia que existia, para criar a vida que eles achavam ser o melhor para nós.

Fazendo isso eles começaram a construir a história de quem nós éramos ou que estávamos destinados a ser. Com a melhor das intenções, sem dúvida!

Mal sabiam eles como essa história – a tua própria história – poderia limitar-te e ser uma barreira no caminho de tudo aquilo em que te poderias vir a tornar.

E a tua história é realmente verdade? Eu poderia apostar que não é.

Observa quantas vezes não fazes alguma coisa, porque achas que não sabes o suficiente, ou não és bom o suficiente ou até mesmo porque simplesmente nunca o tentaste fazer antes. Quão paralisantes podem ser esses pensamentos?

Imagina, imagina apenas, que realmente já tinhas feito isso milhares de vezes antes e que até eras muito bom nisso. Estarias preocupado em fazer isso outra vez? Não! Não irias gastar um segundo pensamento sobre como fazê-lo, ou o que seria a reacção das pessoas se o fizesses. Simplesmente irias avançar e fazê-lo como a coisa mais natural do mundo, certo?

Assim, sempre que ocorre uma oportunidade, por que não escolher uma história diferente, uma história que te ajuda a andar para a frente em vez de te amarrar?

Tu podes sempre criar a tua nova história e torná-la realidade no momento em que decidires tomar medidas sem medo contra todas as probabilidades.

Queres experimentar?

o teu amor é mesmo incondicional?

 

Um dos meus professores na Supercoach Academy que também se tornou meu mentor é o Dr. Greg Baer. Ele ensina sobre o amor real ou o verdadeiro amor incondicional e define-o desta forma:

“Amor Real é querer incondicionalmente a felicidade de outra pessoa”, sem qualquer pensamento sobre o que poderíamos obter para nós mesmos em troca.

Muitas vezes oiço as pessoas dizerem que amam incondicionalmente os seus filhos, ou o seu parceiro. Às vezes, até dizem que dariam a sua vida por eles! Mas isso será realmente verdade?

Dá uma boa olhadela ao teu próprio comportamento. Pensa em como te relacionas com o teu cônjuge, o teu companheiro, os teus filhos, os teus irmãos, os teus amigos ou até mesmo colegas de trabalho.

Será que os aceitas exatamente como são e contribuis para a sua felicidade o melhor que podes? Importas-te realmente com o que sentem? Ou gostas de como eles te fazem sentir?

Observa se alguma vez:

- Te apanhaste a dizer uma mentira (mesmo uma pequenina e inocente) apenas para que a pessoa à tua frente não pensasse menos de ti, para cobrir um erro, para evitar decepções – isto é MENTIR.

- Reagiste com raiva, fazendo com que outras pessoas se sentissem culpadas, criticando-as, desaprovando-as, intimidando-as fisicamente, utilizando uma posição de autoridade – isto é ATACAR.

- Convenceste pessoas de que foste ferido ou tratado injustamente, para obter a sua simpatia, atenção e apoio: “Como pôde fazer isto comigo?”; “Como pode não fazer isto por mim?”; “Não é culpa minha” – isto é FAZER DE VÍTIMA.

- Afastaste-te de uma situação dolorosa, escondendo-te, evitando as pessoas, abandonando relações, sendo tímido, procurando refúgio em drogas ou álcool – isto é FUGIR.

- Lisongeaste as pessoas que fizeram algo por ti, sendo excessivamente grato, comprando o amor das pessoas com presentes – isto é AGARRAR.

Estes são todos os diferentes tipos de obtenção de comportamentos e protecção que usamos normalmente para preencher o nosso vazio e os nossos medos. E usamo-los porque eles costumam produzir um efeito imediato. O problema é que a satisfação que temos é apenas temporária e vai acabar afectando os nossos relacionamentos a longo prazo. Isto não é amor incondicional.

Não gostarias de realmente amar e ser amado incondicionalmente?

fazer o que se gosta

 

Há tempos tive a oportunidade de ver actuar o Al Di Meola e a sua banda mundial no Funchal Jazz Festival. Absolutamente fabuloso!

Este foi o exemplo perfeito de alguém que realmente faz o que mais gosta de fazer! E fá-lo espectacularmente bem, além de tudo! Ele actuou ininterruptamente por um par de horas sem parar e via-se que estava completamente a delirar! O seu entusiasmo, a sua  alegria intrínseca invadiram o público e os milhares de pessoas que assistiam todos abanavam, dançavam ou batiam palmas ao ritmo contagiante.

Já reparaste como é maravilhoso ver os olhos de alguém iluminarem-se quando estão a falar de algo que realmente gostam de fazer? Não há dinheiro no mundo que pague isso!

Quando eu morei em Moçambique, dediquei-me a um hobby de criar jóias usando materiais indígenas. Quando me dedicava a isto, perdia totalmente a noção do tempo! Poderia continuar a fazê-lo horas a fio, sem me aperceber do ruído ou das pessoas à minha volta, esquecendo-me até de comer ou dormir! Tal era o prazer que eu retirava nestas criações!

Algumas pessoas têm empregos ou negócios próprios que as fazem sentir-se desta maneira. E muitas vezes nem percebem a sorte que têm. Este tipo de energia positiva é algo que todos nós devemos tentar obter para as nossas vidas. E cabe a cada um de nós fazer isso. Não esperes que alguém o faça por ti!

Pensa o que é que mais adoras fazer. Aquilo que realmente te aquece o coração, ilumina o teu rosto, ajuda-te a esquecer as preocupações… Estás a ver? Ok, se ainda não é nisto que estás a trabalhar, garante ao menos que incluis um bocadinho disso no teu planeamento semanal.

A tua vida não é muito mais rica agora?

o primeiro dia do resto da minha vida

 

… Mas que viagem que têm sido estes últimos 5 anos para mim! E onde é que eu já cheguei!…

No entanto, hoje, é o primeiro dia do resto da minha vida, uma nova vida para mim, porque decidi partilhá-la mais abertamente com mais pessoas – hoje estou a lançar o meu site e o meu blog, na minha língua materna.

Tenho 48 anos (eu sei, não parece… mas tenho mesmo!) e posso dizer que já vivi muito. Há quem possa argumentar que não vivi tanto assim; outros acharão que já estou na curva descendente… Bom, para mim, já vivi uma vida bem cheia até agora. Uma vida cheia de alegrias e cheia de tristezas, mas na sua maioria cheia de experiências enriquecedoras que me ajudaram a ser quem eu sou hoje.

O que quer que tenha acontecido no passado, o que interessa é o que eu vou fazer hoje, com aquilo que eu sou e aquilo que eu tenho, agora.

Uma coisa fantástica que aprendi recentemente é que eu posso criar a vida que eu quero viver daqui para a frente! Eu posso escolher como me vou sentir em cada dia, independentemente do que aconteça!

E hoje, o primeiro dia do resto da minha vida, eu escolho gostar de mim tal como sou e aceitar com enorme gratidão todas as coisas boas que vierem ter comigo, em cada dia!

Como está a ser para ti o primeiro dia do resto da tua vida?